Inspiração

Não sabia o que estava sentindo.
Estava assustada, procurando respostas em perguntas que não conseguia responder.
Estava calma e serena, pálida e estática.

Mesmo sem entender nada, peguei um pedaço de papel.
Naquela hora meu mundo se resumiu a letras e sentimentos, como se toda a minha verdade fosse branca e azul, assim como a folha e a tinta.

Em minha volta e até onde meus olhos não pudessem mais ver, eu via minha alma e meus sentimentos mais secretos, passando como se fossem uma vitrine móvel.

O que eu sinto então? Comecei a escrever...

Medo.
Medo de novamente ter algo maravilhosamente mágico e perder.
Medo de apenas ter lembranças e não ter futuro.
Medo de chorar e de não ter porquem chorar.
Medo de errar de novo e mais uma vez.
Medo do futuro.

Como se meu dia estivesse nublado, meus sentimentos estão assim. Encoberto por nuvens de medo, dúvidas e lágrimas.
O sol tenta passar entre buracos deixados, mas não consegue.
O tempo muito nebuloso ainda toma conta de mim.

Sendo assim, comecei a ler algumas coisas e achei alguns trechos que acho DIGNO postar aqui... Clarice Lispector diz:

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

"...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo."

E pra acabar de não me entender....

"a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais...."

E quem achar minha inspiração.... Me devolva! rs

>>>FOTO: Paraty, Setembro 2008

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